Prof: Carlos Alberto
Minha experiência essas semanas sobre o tema EAD
Meu desafio nessa tarefa era de acompanhar e interagir com blogs relacionados a educação a distância durante essas semanas. Posso dizer que além de desafiadora a tarefa foi muito interessante . Não sei se tinha esse propósito , más posso afirmar que daqui para frente , independentemente do cumprimento do desafio não paro mais. Dentro do tempo que obviamente tenho disponível pelas atividades profissionais que desenvolvo, procurei pesquisar blogs sobre educação a distância e interagir com alguns, além do fato de utilizar o facebook como uma ferramenta interessante para conversar sobre o tema .
Primeiro importante relatar que embora tivesse feito cursos a distância em dois momentos , um que não terminei – UNIP , restando apenas uma disciplina e outro Anhanguera , onde não somente conclui o curso de Pós , como mantive total disciplina em relação aos horários. Além desses cursei o de tutor nos cursos de Pós – curta duração . Quando iniciei o curso de Metodologia e Gestão para Educação a Distância não nego que tinha uma boa expectativa , contudo o tema efetivamente me encantou , ao descobrir detalhes que não conhecia . Ao citar o curso da Unip , reforço o fato de sentir muita a falta de orientação , da pouca disponibilidade do tutor , do feedback se o que havia produzido estava bom . Tínhamos a nota e pronto . Além disso o dilema de navegar seguindo orientação do site , que muitas vezes era confuso . Talvez muito simples para quem desenhou . Fato é que já no segundo curso da Anhanguera estava melhor preparado. Nesse momento não era meu caso porque fui bastante disciplinado com os horários de estudo e pesquisas ,más segundo o professor Litto alguns alunos sempre precisarão do professor presencial , no sentido de cobrar as atividades .
O que vem chamando minha atenção na interação com blogs , no facebook , onde tive uma conversa maravilhosa com o professor João Mattar , e além disso publiquei algumas matérias e videos sobre EAD , é que o tema é muito discutido, muito mais do que efetivamente imaginava .
Hoje especialmente venho seguindo os seguintes blogs : www.educacaoadistancia.blog.br; HTTP://blog.portaleducacao.com.br; www.contextoead.blospot.com ( que por sinal é algo de sensacional sobre o tema ); eadparasempre.blogspot.com ( do professor Paulo e amigo de unidade ) , além o blog da profa Jane Marli Spredemann , que também é minha seguidora e posta matérias muito boas ,além do facebook que tem sido um canal interessante para divulgação do ensino a distância.
O que descobri ?
Primeiro , que EAD não é um negócio novo. Na primeira aula do curso fazemos uma viagem pela história da Educação a Distancia . Passamos pelos cursos por correspondência , novas mídias, universidades abertas e Ead on line . Nesse sentido ao interagir com o blog contextoead me deparo com uma matéria , que inclusive coloco no facebook , sobre Gandhi, falando que em um artigo publicado no início de janeiro no site do Diário de São Paulo*, Deise Machado revelou que Mahatma Gandhi bacharelou-se em Direito na Universidade de Londres, sem sair da Índia, por correspondência. Diz ainda que informações no site da universidade mostra o seu programa internacional de EAD completa 153 anos agora em 2011.A própria rainha Vitória assinou a autorização, em 1858, para que se efetivasse a modalidade na Universidade de Londres. Em 1880, seus exames de admissão foram realizados pela primeira vez na Índia e, em 1890, Mohandas Karamchand Gandhi foi aprovado em um deles. Duvidar da capacidade intelectual desse homem .
Segundo o professor Jõao Mattar , o crescimento do mercado de educação a distancia é explosivo no Brasil e no mundo.
O Brasil terá até o final do ano cerca de um milhão de estudantes universitários matriculados em cursos à distância. A previsão é de Hélio Chave Filho , diretor de Regulação e Supervisão da Educação a Distancia do Ministério da Educação , durante o debate na Universidade São Paulo. Além disso o Brasil é o quinto maior país do mundo em conexão com a internet , ou seja não podemos escapar dessa realidade que é estudar de forma virtual .
Atendendo a questão do desafio de aprendizagem , faço aqui uma reflexão :
Quando em outras épocas eu conversaria com o autor do livro de maneira tão informal .Fiquei imaginando isso no sábado a noite , após meu longo” papo” com Mattar pelo facebook . Pensei não podemos ficar fora desse novo mundo , independentemente das críticas que fazemos a ferramenta . No meu blog divulgo nossa conversa sobre o tema.
Outro fator interessante foi utilizar os blogs que estou seguindo e colocar as principais matérias no face , solicitando que os amigos de curso pudessem comentar . Ainda vejo que existem poucos comentários.
Dentro do conceito de distância é bom ressaltar que estamos fisicamente distantes, porém integrados . A distância não é isolamento , tem que existir interação . Essa experiência é fantástica . No mesmo dia conversei com o autor , troquei idéias com amigos , disponibilizei matérias para que as pessoas comentassem .
Vejam só outra matéria muito interessante do blog contexto EAD:
“ É de se supor que os filhos de Bill Gates, um dos homens mais ricos do mundo, estudem em um colégio de mensalidades a preço de ouro, certo? Em parte talvez sim. Mas, segundo o pai das crianças e da Microsoft, as aulas em que mais eles aprendem são de graça! É que eles, como milhares de pessoas em todo o mundo, frequentam sempre o site do professor Salman Khan.
Para quem nunca ouviu falar dele, está na hora: Salman é o criador de um site com aproximadamente D. Ele é formado em Matemática, Ciência da Computação e Engenharia Elétrica pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Largou o emprego em um fundo de investimento e foi dar aulas na internet. Dá aulas sobre assuntos complexos, só que de maneira muito simples, com níveis de dificuldade que vão desde as operações básicas de soma e subtração do ensino fundamental às lições de venture capital, mais comuns em classes de MBAs.”
Na conversa que citei com o professor Mattar, o meso me mostrou que também devemos ter uma visão crítica de todo o processo , não podemos apenas defender o ensino a distância sabendo, que temos muito para corrigir em todo o processo . É fato que ao pesquisar o tema mais profundamente descobrimos que muitos paradigmas que tínhamos desaparecem .
Ainda temos também grupos que não acreditam no ensino a dsitãncia para certos cursos. Recentemente Uma liminar da Justiça Federal proibiu a veiculação da campanha do Conselho Federal do Serviço Social que compara o ensino a distância de Serviço Social à alimentação fast-food. A liminar foi concedida pelo juiz federal Haroldo Nader, da 8ª Vara de Campinas (SP), em ação cautelar movida pela Associação Nacional dos Tutores de Ensino a Distância (Anated).
Concordo com o comentário do professor Litto , que o aluno tem que ser capaz de construir o edifício de seu próprio conhecimento
Segundo ele, estão com os dias contados as relações “prato feito”, nas quais os educadores oferecem uma quantidade limitada de informação que os alunos devem absorver. “Como a popularização da internet, essa lógica não tem como se manter. O aluno hoje busca um novo professor”.
Para o especialista, o aluno do EAD, apesar de beneficiado pelas facilidades temporais e geográficas, precisa ter mais motivação e disciplina do que o da modalidade presencial. “E preciso mais tempo para leitura e participação nas discussões online. A educação a distância também tem menor nível de flexibilidade em relação a prazos. O aluno não pode chorar para o professor”, lembra Litto. Pelo que pesquisei e interagi nos blogs ainda temos um caminho longo da educação à distância no Brasil , principalmente em relação a qualidade do material ofertado , número de tutores , ferramentas de navegação , etc .
Um dos pontos abordados no livro do professor Mattar é a controvérsia sobre o modelo de tutoria adotado, hoje e que está na concepção de aprendizagem usada nos cursos a distância que, apesar de apresentarem em seus projetos propostas inovadoras, reservam aos tutores uma ação instrucionista, estruturada em princípios fordistas de execução do trabalho docente. O poder público evidencia a sua responsabilidade no esvaziamento das ações da tutoria estabelecendo a existência de equipes multidisciplinares e reservando ao tutor, ao mesmo tempo, um papel secundário, evidenciado pela precarização das condições de trabalho, da remuneração inferior (bolsas com valores menores) ou da pouca autonomia em seu trabalho. E isso, apesar do discurso recorrente de alguns gestores sobre a importância do tutor na EaD.
Outro fator que me chamou atenção nas matérias dos blogs foi o fato de saber que especialistas dizem que o medo de ser substituído e indisposição para adaptar estratégias de ensino dificultaria o uso de tecnologia por parte dos professores.
A revolução tecnológica que coloca computadores, tablets e celulares nas mãos de jovens e crianças de todo o mundo não é vista com bons olhos pela maioria dos professores brasileiros, principalmente os de universidades públicas. A opinião é do presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância, Frederic Litto, e é compartilhada por vários outros especialistas. Para eles, o professor brasileiro ainda vê o computador como um intruso em sua aula. Quando recorremos a internet em sala de aula ? O professor Litto cita o exemplo dos Estados Unidos, onde o número de instituições educativas que adotam o iPad vem aumentando. Elas usam o tablet para ensinar história através de jogos e matemática em animações.
O depoimento do professor da Universidade de Brasília, Marcos Maia, comprova a tese de Litto. Maia conta que quando o Conselho Universitário da UnB se reúne para discutir estratégias de educação à distância, há sempre resistência de professores que temem serem substituídos por ferramentas de acesso de conteúdo. “Eles acreditam que a tecnologia é um complô industrial contra a profissão”,
Esse tipo de resistência pode dificultar o projeto do Ministério da Educação de levar tablets às salas de aula porque faz com que os professores não se interessem em aprender a trabalhar com as novas tecnologias. “O computador é apenas um meio e precisamos de uma base pedagógica para esse meio”, diz Maia.
Segundo o especialista em educação da UnB, Lucio Telles, há pesquisas que comprovam que essas estratégias geram mais interesse e diminuem a evasão escolar. “Quando uma turma compartilha grupos e causas nas redes sociais se importam muito mais com o que está sendo debatido do que se a mensagem fosse somente prestada pelo professor”..
Há vantagens também nas pesquisas pela internet. “Pesquisando pela internet, o aluno pode ler muito mais do que o seu livro lhe traz, se a tarefa interpretativa”, afirma Litto. Mas, para que a tarefa não termine em um “copia e cola” da internet, o professor tem que estar preparado para solicitar uma pesquisa que exija interpretação e busca de várias fontes. “O primeiro passo é aceitar que o computador está aí e não vai sair para depois refletir sobre como trabalhar com ele”, Segundo Litto nenhuma tecnologia pode substituir o bom professor.
Outro artigo de minha pesquisa e que destaco de suma importância é o de Celso Roberti no uol , sobre o mundo corporativo, onde cita que a oferta de cursos a distância cresceu 30,4% em 2009 em relação a 2008, segundo o Censo de Educação Superior divulgado pelo MEC (Ministério da Educação). Apesar do aumento, ainda há empresas que veem com alguma estranheza essa modalidade de ensino. “Da mesma forma que os cursos para formação de tecnólogos rendiam muitos questionamentos há alguns anos, a educação a distância também gera dúvidas, mas nada que exclua o candidato de um processo de seleção”, afirma Bruna Tokunaga Dias, gerente de carreiras da Cia de Talentos. Como executivo também de uma empresa multinacional percebo que esse preconceito é maior na graduação e menor na pós graduação. O pensamento é : “ o funcionário ou candidato já se formou no curso presencial e não há problema que sua especialização seja a distância” . Normalmente o funcionário que esta numa pós possui um cargo de gestão e ocorre que poucas vezes consegue sair no seu horário para estudar de forma presencial .
O que se percebe que as vezes o próprio profissional esconde que o curso é a distância , ou seja o preconceito parte do próprio aluno.
Outro detalhe importante segundo Mattar em seu livro ABC do EAD , que muito embora o ensino a distancia cresça numa grande velocidade , os players envolvidos ainda não conhecem o seu papel dentro desse contexto, ou seja os alunos , gestores , autores , tutores , professores, instituições .
O autor mostra que a falta de reflexão e de interesse por uma teoria da educação a distancia é provavelmente responsável pela sensação de falta de identidade do setor . Fala da sensação de ser o primo pobre da educação .
Por conta disso algumas experiências foram malsucedidas , com qualidade baixa e que formam profissionais com níveis abaixo da expectativa do proposto .
No “bate papo” com o autor no facebook , fiquei realmente surpreso e feliz em saber que embora seja um dos grandes defensores do EAD e um dos maiores especialistas , faz severas críticas , conforme citado no parágrafo anterior.
No processo virtual o aprendiz tem que se tornar capaz de aprender a aprender ou seja ter a capacidade de pesquisar e avaliar fontes de informação , transformando em conhecimento .
Na minha opinião o problema não são as mudanças que o mundo vem sofrendo , más a velocidade como isso vem ocorrendo . Quando é necessário mudar ? É necessário mudar antes que haja necessidade. Tanto as empresas como as pessoas mudam por questões de sobrevivência. Mudança gera medo e significa quebrar e alterar relacionamentos com coisas que prezamos. A perda de controle pode custar muito no âmbito pessoal. Compartilhei no facebook a matéria postada no blog do prof Paulo sobre a preocupação dos professores terem se atualizarem não somente em relação ao conteúdo , más no uso de novas tecnologias para que estejam capacitados a conduzir o aluno a um melhor desenvolvimento em EAD. Esta preparação conduz aluno e professor a difundir o conhecimento e garantir um melhor aproveitamento.
Na minha opinião vai existir sempre uma co-responsabilidade professor- aluno para que o ensino efetivamente se transforme em conhecimento, isso independe se estamos falando de ensino presencial ou a distância.